Um novo Buraco Negro foi descoberto na Via Láctea. Batizado de Swift J1745-26, ele brilhou na faixa do raio-X duas vezes na manhã de 16 de setembro, e mais uma vez no dia seguinte, e foi o suficiente para ser encontrado.
No dia 18, o brilho do buraco aumentou, chegando ao pico. Foi equivalente ao da famosa Nebulosa do Caranguejo, considerada uma das mais brilhantes fontes de energia, e usada para calibração de observatórios de alta-energia. Ela continua brilhando, e embora seu brilho tenha diminuído do seu auge, ainda está 30 vezes mais brilhante do que quando foi descoberta.
Os disparos de raio-X foram ocasionados por matéria caindo no Buraco Negro. Pouco antes de atravessar o horizonte de eventos, a matéria estava tão quente que, por instantes, brilhou na faixa do raio-X.
Os astrônomos agora querem medir a massa do objeto, e confirmar se é realmente um buraco negro, já que ainda há a possibilidade de ser uma estrela de nêutrons.
A origem da matéria é uma estrela vizinha – o Buraco Negro faz parte de um sistema binário. Ela vai se acumulando em um disco em torno do Buraco Negro para entrar dentro dele de uma só vez, em vez de cair lentamente com o tempo, produzindo um brilho contínuo de raio-X.
Não se sabe ao certo a distância em que se encontra o buraco negro. Estimativas variam de 20.000 a 30.000 anos-luz, e a posição é na constelação Sagitário, a mesma que abriga o Buraco Negro do centro da nossa galáxia. Na verdade, sua direção é possivelmente poucos graus distante da posição do Buraco Negro central.
A matéria que está brilhando e a estrela vizinha não são visíveis a partir da Terra porque nuvens de gás e poeira escondem a estrela, impedindo que seja vista daqui na faixa da luz visível, embora seja visível no infravermelho e rádio. Provavelmente, a companheira do Buraco Negro é uma estrela como o nosso sol.
Fonte: HypeScience
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