Um dos desafios de estabelecer uma base na lua é justamente a construção desta base. A princípio, todo material tem que ser levado de foguete, a um custo altíssimo, para então, no futuro, se for possível, utilizar material encontrado na lua.
A ESA (agência espacial europeia) criou uma parceria para estudar o uso de tecnologia de impressão 3D para construir bases lunares usando o próprio regolito (a “poeira” que tem na lua, resultado de colisão de micrometeoritos por bilhões de anos) sobre uma estrutura inflável.
O projeto em estudo é de uma base para quatro pessoas, com proteção para meteoritos, radiação gama e flutuações de temperatura. A construção da estrutura seguiria três etapas.
Primeiro, a base é desdobrada a partir de um módulo tubular. Um domo inflável então é estendido de uma extremidade a outra deste cilindro, e vai servir de suporte para a construção.
Camadas de regolito misturadas com óxido de magnésio formam folhas que são então montadas por uma impressora 3D robótica, criando uma concha protetora, como um iglu.
Para garantir a resistência da estrutura e gastar o mínimo de óxido de magnésio, a concha é feita de uma estrutura cheia de células ocas, como uma espuma ou um favo, que foi descrita como lembrando ossos de aves.
Pelo projeto sendo pesquisado, seriam enviados para a lua as estruturas infláveis, os conectores sólidos, o óxido de magnésio (ou outra substância que sirva para agregar o regolito), e robôs capazes de fazer a impressão 3D.
Para demonstrar sua viabilidade, os cientistas fizeram uma simulação de solo lunar, para criar uma réplica de 1,5 toneladas. Além disso, testes do uso da impressão 3D foram feitos em câmeras de vácuo, tentando replicar as condições lunares.
Fonte: HypeScience
Nenhum comentário:
Postar um comentário