Astrônomos descobriram uma galáxia que abriga mais matéria escura do que qualquer outra já vista.
A Segue 1 orbita a Via Láctea e tem um pequeno grupo de cerca de mil
estrelas, pouco perceptíveis. Enquanto a maioria dessas estrelas parece
ter quase a massa do sol, a galáxia como um todo pesa 600 mil vezes mais
do que nosso astro rei. Isso significa que a massa comum das estrelas é
amplamente superada pela da matéria escura.
Os astrônomos observaram a Segue 1 com o telescópio Keck II, no
Havaí. A galáxia anã tem massa 3,4 mil vezes maior do que pode ser
explicado observando apenas suas estrelas visíveis. Em outras palavras,
ela é como uma enorme nuvem de matéria escura salpicada de estrelas.
A Segue 1 é interessante não apenas por causa de sua natureza
sombria, mas também porque ela tem uma coleção de estrelas quase
primordiais.
Uma maneira de saber há quanto tempo uma estrela foi formada é a
partir de seu conteúdo de elemento pesado, que pode ser observado a
partir dos comprimentos de onda de luz emitidos por uma estrela.
As estrelas muito velhas ou primitivas surgiram quando o universo era
jovem e algumas grandes estrelas tinham crescido o suficiente para se
fundir com átomos leves como hidrogênio e hélio, e com elementos
pesados, como ferro e oxigênio. Essas estrelas antigas se formaram a
partir de nuvens de gases primordiais, com pouca quantidade de elementos
pesados.
Os pesquisadores conseguiram coletar dados sobre o ferro de seis
estrelas de Segue 1 com o telescópio Keck II, e uma sétima estrela foi
medida por uma equipe australiana que utilizou um telescópio no Chile. A
pesquisa sugeriu que três dessas estrelas são algumas das mais antigas
conhecidas.
A matéria escura, invisível, nunca foi detectada diretamente, mas os
cientistas acham que ela existe com base na força gravitacional que ela
exerce sobre o resto do universo.
Os pesquisadores esperam que Segue 1 ajude a entender a natureza da
misteriosa matéria escura. Eles suspeitam que existam outras galáxias
anãs ainda mais sombrias pairando em torno da Via Láctea, à espera de
serem descobertas.
Fonte: HypeScience
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