terça-feira, 20 de agosto de 2013

Novo planeta é tão quente que derrete até ferro


Astrônomos encontraram um planeta não muito maior do que a Terra, mas tão absurdamente quente que a vida como a conhecemos não tem chance nenhuma por lá.
O exoplaneta, chamado de Kepler-21b, é apenas 1,6 vezes maior do que o nosso, sendo conhecido como “super Terra”. Mas ele orbita tão próximo de sua estrela mãe que os especialistas estimam que a temperatura em sua superfície seja de 1.627 graus Celsius – o suficiente para derreter ferro.
Ele foi encontrado através do telescópio espacial Kepler, da NASA, que procura planetas alienígenas usando o método de trânsito – a baixa na luminosidade de uma estrela causada por um planeta que circula em sua frente, bloqueando um pouco de sua luz.
O planeta foi posteriormente confirmado com a ajuda do telescópio do Observatório Nacional Kitt Peak, no Arizona.
O Kepler-21b está localizado há 352 anos-luz da Terra. Sua massa é 10 vezes maior que a da Terra, mas ele está a apenas seis milhões de quilômetros de sua estrela mãe, levando 2,8 dias para completar sua órbita. A Terra, em comparação, gira em torno do sol a uma distância de 150 milhões de quilômetros.
A estrela mãe de Kepler-21b é a HD 129070, 1,3 vezes maior do que o nosso sol. É também um pouco mais quente e brilhante, e até mais jovem. Os astrônomos estimam que ela tenha 2,84 bilhões de anos, enquanto o sol tem 4,6 bilhões.
Os pesquisadores afirmam que, apesar de não poder ser observado a olho nu, um pequeno telescópio consegue encontrá-lo.
Desde seu lançamento, em março de 2009, Kepler já identificou milhares de candidatos a planetas alienígenas. O Kepler-21b é o 26° a ser confirmado por observações posteriores. Mas os cientistas responsáveis pelo aparato estimam que pelo menos 80% dos achados serão confirmados.
Se esse for o caso, as descobertas do Kepler vão ultrapassar o dobro do número de planetas conhecidos, atualmente perto dos 700. Astrônomos pensam que nossa Via Láctea abriga bilhões de planetas, mas a maioria está tão distante que é muito difícil de ser detectada.
 
Fonte: HypeScience

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